segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Eu não ganho nada a escrever para ti. Se alguém me pagasse um centavo por cada linha que contém os teus traços, acredita que eu estaria milionária. O problema é que eu não ganho nada e ainda assim continuo a escrever - para ti, por ti, contigo. Palavras não te vão trazer de volta, eu sei. Não importa quantos parágrafos eu digite ou quantas estrofes eu rabisque no papel, nada nunca vai ter o tamanho e a intensidade do que eu te quero dizer. Nenhuma frase tem tanta ênfase na dor que eu quero expressar. Vê só, escrever não me deixa menos infeliz ou com mais vontade de viver. Escrever não te coloca novamente do meu lado ou ameniza a saudade que teima em arder. Mas de certa forma, é a escrever que eu encontro um pouco de conforto em dias tão vazios longe de ti.
Analisa com atenção as palavras que saem da minha boca e as que saltam para o papel: todas elas contém um pouco de ti, do que éramos, do que tínhamos, do que fomos, de nós dois.

2 comentários:

  1. mal se nota querida (; eu se tiver o cabelo solto ninguem dá conta, e é como se o não tivesse rapado

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  2. Identifiquei-me bastante com este texto... Não ganho nada, mas parece que a escrita é a única coisa que me resta.

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