Lá estou eu, mais uma vez com risos pela metade.
Olho para o lado e sinto uma saudade imensa, doída, desesperançada e até
cínica. Saudade de alguma coisa ou de alguém, não sei. Talvez de mim, de
algum amor verdadeiro que durou um segundo… Os meus amigos adoram-me, mas
será que eles sabem que se eu estou a morrer a rir agora mais daqui a
pouco vou morrer a chorar? É assim 24 horas. E eu, mais uma vez, olho
para o lado a morrer de saudade desta coisa que eu não sei bem o que é.
Desta coisa que talvez seja amor. Odeio todos os amores baratos, curtos e
não amores que eu inventei só para saltar uma semana sem dor. A cada
semana sem dor, parece que acumulo uma vida inteira de dor. Preciso de
parar, preciso de esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando
personagens. Odeio a minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e
dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a
minha saudade. É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia é por
inteiro..enquanto dura.
No final bruto, seco e silencioso é sempre isso
mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida
até acreditar.
mas que lindo, adorei*:*
ResponderExcluire não rapas porquê querida? (;
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